Definir o acabamento das paredes é uma das etapas mais importantes na hora da decoração. Seja por uma reforma complicada ou uma simples manutenção, a escolha da tinta certa pode ser a diferença entre um projeto harmônico e um desastre total.
O universo das tintas é amplo, além da infinidade de cores, e também há uma grande variedade de acabamentos e modelos. Com algumas dicas simples, é possível esclarecer as dúvidas sobre o assunto e garantir ambientes lindos. Por isso, conversamos com a arquiteta Fernanda Angelo, do Estúdio Cipó, e listamos informações importantes para ajudar nesta escolha:
1. Tinta acrílica
Ideal para paredes de alvenaria, a tinta acrílica funciona bem em ambientes internos e externos. Existem três acabamentos disponíveis: acetinado, semi-brilho e fosco. O material é de fácil lavagem, basta um pano úmido para fazer a higienização – diminuindo a necessidade de manutenção. Para evitar bolhas durante o processo de secagem, antes da pintura, é importante verificar se as superfícies estão devidamente impermeabilizadas.
2. Tinta esmalte
Usada para superfícies de madeira e de metal, a tinta esmalte é mais resistente e tem tempo maior de secagem. Geralmente feita à base de óleo, costumam ser indicada para portas, rodapés, mobiliário e corrimões. “Hoje em dia já é possível encontrar a tinta esmalte à base de água, mas o acabamento não é tão liso e na comparação é menos duradoura que a versão original”, explica Fernanda.
3. Tinta látex
Indicada apenas para ambientes internos, a tinta látex tem base d’água e secagem rápida. É uma ótima opção para aplicação em gesso, tem características de resistência ao mofo, mas apresenta um leve odor. No momento da pintura, é importante certificar que a superfície de aplicação esteja bem limpa.
4. Tinta epóxi
Por apresentar alta resistência ao atrito, a tinta epóxi é a melhor opção para ambientes de grande circulação, como garagens, hospitais, quadras esportivas e escolas. Sua aplicação vai além das paredes, pode ser usada como revestimento para o chão, sendo bem mais econômica que o piso.
5. Fosco, brilho ou textura?
O acabamento fosco é ideal para ambientes mais discretos e ajuda a esconder leves imperfeições da parede.
O oposto acontece com o brilho, o modelo destaca a textura da superfície onde foi aplicado. Não há necessidade de acabamento e sua manutenção e limpeza são mais práticas.
Por fim, a textura é a escolha certa para quem deseja criar diferentes formas e acabamentos. Existe uma infinidade de desenhos para aplicação deste tipo de tinta, que também oferece alta durabilidade e protege a alvenaria da umidade.
6. Cores e acabamentos
Os tons claros combinam com todos os tipos de acabamentos, mas o mesmo não acontece com os escuros. Para tonalidades mais fortes, como o vermelho, o ideal é não utilizar acabamentos brilhantes! Nestes casos, finalizações mais discretas, como a fosca, são mais indicadas.
7. Áreas externas
A exposição a intempéries é maior em ambientes externos. Por isso, para estes lugares, tintas com textura, a cal e emborrachadas são excelentes.
8. Planejamento
Antes de começar qualquer reforma, é importante analisar o cômodo, o tipo de material e o estado das paredes. Em cozinhas, as tintas resistente e de fácil lavagem facilitam o dia a dia do morador. Nas salas, o tons discretos corroboram para esconder imperfeições e são mais aconchegantes.